terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Moinho


Não sou o “Dom Quixote” mas confesso achar o Moinho majestoso. É muito fácil para mim imaginar um Moinho como uma “entidade” que se apresenta "firme e digno". O Moinho mantém a sua posição contra todas as adversidades dando o seu melhor em tempos difíceis. Nem o tempo, chuva ou o vento rói a sua dignidade. Lá continua, resistindo, mantendo, existindo. Mesmo sem a sua glória original, tem sempre presença. Criações admiráveis!

Este quadro foi para o Sr. Arlindo e para a D. Adélia, os meus parentes adoptivos em Lisboa. Foi para agradecer o apoio e amabilidade deles, (como se um mero quando fosse suficiente)


O Moinho

Óleo sobre tela 50/70

Dez 08

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Down Under

Austrália... fantástica!!! Esta musica diz tudo....



Fiz este enquanto estava na Austrália. Não tina muitas condições para pintar… mas tinha que ser

Aborigine

2003

Acrílico sobre cartolina 50x30

domingo, 11 de outubro de 2009

Nature’s balance


Por muito que se queira distanciar, o homem pertence à natureza fazendo parte integrante dela. É pena que ele a trate como madrasta e não a mostre o devido respeito. Temos mania de sermos superiores e de avaliar a nossa vontade acima do equilíbrio do meio que nos rodeia, implica que estamos cada vez mais distantes da nossa integração e equilíbrio. Perdemos noção de como a ligação à terra é fundamental para nos enraizar, e alimentar. As pessoas passam uma vida com pouco ou nenhuma conexão com a natureza, perdendo a noção de onde vêm, é obvio que a consequência natural é o desconhecimento e desrespeito que testemunhamos no dia-a-dia. Viramos as costas à nossa natureza e sentido de pertença, não é de estranhar que andamos um pouco perdidos….

Estes dois quadros foram muito simples de fazer, que demonstrar como o homem e a natureza estão integrados. Escolhi sobrepor a forma do homem sobre os tons da terra, demonstrando que o ser humano é parte integrante dessa energia, que a forma é simbólica por que a essência é a mesma.

Foi muito divertido fazer estes quadros. O primeiro desenho sobre a tela foi para alinhar os tons mais escuros e claros com as supostas sombras e claridades da figura dando subtilmente alguma forma às figuras sobrepostas. Reconheço que os desenhos não são os mais proporcionais, mas mesmo assim gostei do resultado. Gosto do equilíbrio que sinto quando os contemplo.

Técnica mista 70/100

Nature’s balance (male)

Nature’s balance (female)

Maio 2007

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Forever

Quando somos novos acreditamos de que existe o nosso parceiro perfeito e que a dificuldade desta vida é encontra-lo. Temos a absoluta certeza de que existe a nossa “alma gémea” e de que a felicidade esta garantida aquando do encontro com ele. Eu acreditei, acreditei profundamente, uma certeza que vinha de muito para além desta vida. Acreditei com toda a certeza que deveria existir uma ligação que transcendesse o mundo físico, para alem das palavras e dos actos, num espírito de conspiração e complementaridade para toda a existência.

Será que ainda acredito?

Este foi o meu “2º quadro” pintado logo a seguir ao “Alone”(quando tinha +- 18 anitos), o primeiro reflectia o meu estado actual o segundo a minha aspiração. Hoje acho engraçado como escolhi a cascata a cair para um escuro sem fundo para reflectir a “eternidade”, também considero curioso como o casal se integra na natureza como fazendo parte dela. O mais curioso é que isto resultou de um momento espontâneo sem pensar muito no significado de tudo isto, eu simplesmente acreditava.


Óleo sobre cartão
1988?

domingo, 5 de julho de 2009

The couple



A natureza é perfeita. Quando estamos desorientados, á procura de soluções basta olhar para a natureza para encontrar soluções. Simples, directa e em equilíbrio ela relembra-nos que é importante reduzir tudo á sua insignificância e concentrar-nos no que é significativo… valorizar a nossa existência e a forma que a partilhamos com quem e com o que nos rodeia
Viver e deixar viver, apreciar a gota de chuva e o amanhecer, valorizar a sensação do peito cheio de ar fresco e acima de tudo o toque de ternura daquele que nos acompanha…. A natureza relembra a importância do relacionamento masculino/feminino, da beleza do par, do companheirismo, proteccionismo e amor….a natureza ensina-nos tudo… porque razão teimamos a ignorar?

Escolhi pintar este quando porque fiquei emocionada com a imagem… com a intimidade e companheirismo que reflectia


The couple 40/ 40
Óleo sobre tela

terça-feira, 17 de março de 2009

Alone


Será que existe uma diferença entre estar só e sentir solidão? Eu acho que sim. E como a sociedade condene quem está só… e tudo porque em geral as pessoas têm medo da solidão. Existem sem dúvida momentos em quem está só sente solidão, mas não é necessariamente uma constante neste modo de vida. Uma pessoa que goste de estar só não é necessariamente anti-social, bicho de mato ou esquisito. Uma pessoa que está só pode valorizar a companhia dos outros sem necessitar dela, e como tal não anda á procura dela constantemente. Uma pessoa que saiba estar só aprecia o silêncio, a calma e a tranquilidade que advém desse estado. Será que se está num estado contemplativo contínuo? Um pé cá nesta realidade e outra…algures? A Solidão está interligada com desespero…estar só com contemplação e observação… pelo menos na minha opinião

Este foi o “meu primeiro” quadro. Quer isso dizer, sem ser projecto escolar ou mandado fazer em qualquer contexto. Um dia por volta dos meus 18 anitos peguei num pincel e num cartão para pintura e simplesmente pintei. Sem pensar muito, isto resultou da minha alma…. Um testemunho…
Hoje contemplo o quadro que é bastante bruto com muito pouca técnica, com um grande sorriso. Sempre estive só… mas por muito só que estava, as minhas cores brilhavam

Alone 30/50
Oleo sobre cartão
1988?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

I Can See Clearly



Johnny Nash I Can See Clearly
I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright),
bright (bright)Sun-Shiny day.
I think I can make it now, the pain is gone
All of the bad feelings have disappeared
Here is the rainbow I’ve been prayin?
forIt’s gonna be a bright (bright), bright (bright) Sun-Shiny day.
Look all around, there’s nothin? but blue skies
Look straight ahead, nothin? but blue skies
I can see clearly now, the rain is gone,
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright (bright), bright (bright)Sun-Shiny day.

Adoro esta musica… faz me sentir muito bem nas Alturas cinzentas

Neste treinei a perspectiva… mas acabei por adorar as nuvens…

Clearly now 50/70
Óleo sobre tela
Fev 2008

Bree – a boy and his horse



A fantasia é algo de maravilhoso. Transporta-nos desta realidade quotidiana para mundos de realidades alternativos e por vezes tão atractivos. Um dos meus favoritos é a realidade da Nárnia retratado por CS Lewis nas "Crónicas de Nárnia". O que eu acho de especialmente fabuloso são os animais que nesta realidade falam e comunicam facilmente com os humanos. Ora quem já tem contacto com animais sabe como é que eles comunicam connosco à sua maneira especial… por vezes acho que nos devem considerar completamente imbecis por não entender tudo o que dizem…
As crónicas relatam uma história:
“O CAVALO E SEU MENINO” em que uma relação muito especial se estabelece com um cavalo. Acho maravilhosa a dignidade da personagem do cavalo… retrata bem o que eu acho estar “na alma de um cavalo” – obrigada CS Lewis

Este foi divertido fazer… aqui brinquei com a agua sobre o acrílico, gostei do efeito

Bree – a boy and his horse 70x100
Acrílico sobre tela
Ago 2007

Lençóis



Existem várias formas de intimidade, ficar a dormir nos braços de alguém é, para mim, uma das mais significativas. Ficar a dormir abraçado demonstra a confiança que temos com quem nos está a abraçar, um certo sentido de pertença e de conforto. O estimulo eterno de protecção e segurança, algo de belo e de significativo debaixo de uns meros lençóis…


Este quadro foi feito por “encomenda” – Quero algo de íntimo sem ser muito explicito dizia-me a Isabel … espero ter conseguido


Lençóis – 40 x 120
Óleo sobre tela
Fev 2007